domingo, 2 de agosto de 2020

ARTES

ESCOLA ESTADUAL Omar Donato Bassani

Professora Cristina - disciplina de Arte

Atividades da semana de:03/08 a 07/08

 

Orientações:

·         Leia todas as informações abaixo, copiar as questões a caneta e responder no caderno.

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Ano/série

7º anos A, B, C, D e E

 

Objetos de conhecimento

Contextos e Práticas

 

 

Competências/habilidades

 

(EF07AR09) Pesquisar e analisar diferentes formas de expressão, representação e encenação das danças clássica e moderna, reconhecendo e apreciando composições de dança de artistas, grupos e coletivos paulistas, brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas.

 

Tempo de estudo

2 aulas

 

AS LINGUAGENS DA ARTE: A DANÇA E CULTURA

Danças contemporâneas e moderna: Tradição E Cultura

Breve História Da Dança E Suas Origens

A dança é uma arte que, segundo alguns pesquisadores, já existia na Pré-história. Todos os povos, em todas as épocas e culturas, desenvolveram algum tipo de dança e, por meio dela, expressaram e ainda expressam ideias e sentimentos. No Brasil, há também diversas danças, que preservam memórias e tradições de povos espalhados por várias regiões do País.

Historiadores indicam que os seres humanos dançam desde a Pré-história. O material existente para analisar esse período se concentra nas pinturas rupestres, ou seja, que eram feitas em superfícies rochosas, como as paredes das cavernas, nas quais as pessoas retratavam seu cotidiano. Na imagem a seguir, você pode observar os indícios da prática de dança já nessa época.

A dança, portanto, esteve presente em diversas épocas e culturas do planeta. Há muito tempo, dentre outras funções, as danças têm servido para venerar os deuses, o Sol, a Lua e as estrelas; espantar os maus espíritos; comemorar a vitória em uma guerra; pedir chuva; agradecer a colheita e reverenciar os mortos em ritos funerários.

Por meio dos registros pré-históricos de pinturas rupestres, é possível constatar que a dança acompanha a história do homem. Os movimentos de ritmos estão retratados nos desenhos das cavernas. A dança na História da humanidade expressou, em diferentes ocasiões da vida, o nascimento, a morte, a fartura, a chuva, as divindades, as crenças, a ligação do homem com Deus etc.

A dança em diferentes culturas

No antigo Egito, a dança era considerada sagrada; homenageava os deuses e os faraós e estava presente nos funerais. Entre os gregos, além do caráter religioso, ela fazia parte da educação e era apresentada em algumas cenas de teatro. Para os antigos romanos, era mais ligada à agricultura e à guerra. Na Índia, China, Japão e entre vários povos do continente africano, também aparecia como algo místico, religioso. As danças tinham um caráter de ritual, que incluía comemorações como casamento, maioridade, nascimento, colheita, guerra e morte. Geralmente eram realizadas com máscaras e pinturas corporais que, assim como os gestos, tinham uma intenção e comunicavam significados. Muitas dessas danças permanecem até hoje.

Balé

Com o passar do tempo, muitas outras formas de dança apareceram em todo o mundo. No final do século XV e começo do XVI, surgiu na Itália o que viria a ser o balé. Essa palavra vem do termo francês ballet, que se originou do italiano balleto, diminutivo de ballo, que significa baile, dança. Essa forma de dança nasceu entre espetáculos de poesia, música, mímica e dança, oferecidos pelos nobres italianos a seus visitantes. Quando a nobre italiana Catarina de Médici se casou com o rei

 Henrique II, em 1533, mudou-se para a França e levou consigo um grupo de músicos, dançarinos e artistas.

Na corte francesa, a rainha apresentou espetáculos grandiosos e luxuosos, causando a admiração dos convidados e a propagação do balé pela França. Catarina de Médici também difundiu o Ballet Comique de la Reine (Balé Cômico da Rainha), grupo de músicos, dançarinos, atores e cenógrafos que realizavam espetáculos com a finalidade de divertir a corte. O balé ganhou maturidade na França do século XVII, durante o reinado de Luís XIV, entre 1643 e 1715. O jovem rei era também um exímio bailarino, e, em 1661, fundou a Académie Royale de Danse (Academia Real de Dança). Seu objetivo era formar mestres e bailarinos profissionais.

No balé, os bailarinos se apresentam, na maioria das vezes, com música de orquestra, encantando diferentes plateias pela beleza e suavidade dos movimentos. No entanto, foi apenas no século XVIII, com o balé romântico, que ele deixou os palácios, reis e rainhas para ocupar os palcos, embora ainda como coadjuvante de óperas e peças de teatro. Foi nesse momento que a dança começou a aparecer como arte autônoma e surgiram algumas escolas, academias, professores e coreógrafos (Profissional responsável pela coreografia, construção de uma sequência de movimentos que, juntos, constituem uma dança. A coreografia está presente em todas as formas de dança) de balé. As narrativas dessa dança apresentavam figuras idealizadas, a espiritualidade, os sonhos, valorizando muito o papel da primeira bailarina, que realizava movimentos suaves, delicados e, ao mesmo tempo, acrobáticos. Nesse momento, surgiram as sapatilhas de ponta, que passaram a contribuir para esses movimentos.

 

O moderno e o contemporâneo na dança

No início do século XX, com a industrialização, as mudanças sociais refletiram também nas artes, em diversas expressões artísticas, que romperam com o passado e se transformaram. Com a dança não foi diferente.

Dança moderna

Nessa época, a dança moderna se desenvolveu a ponto de estabelecer uma primeira e importante ruptura com as convenções da dança clássica. Inicialmente, causou estranhamento. O abandono das sapatilhas e o uso de roupas mais soltas permitiram ao dançarino executar movimentos mais flexíveis, inovadores e próximos do solo. A improvisação, as torções e os movimentos de tronco apareceram nesse período.

A dançarina Isadora Duncan, por exemplo, protestou contra o uso das sapatilhas e dançou descalça com largas túnicas, ignorando as regras do balé clássico. Outra grande dançarina, Martha Graham, expressou em sua dança a paixão, a raiva e a fascinação comuns ao ser humano. Ela rejeitou os passos tradicionais do balé e concentrou-se nos movimentos que o corpo é capaz de realizar. Depois fundou uma escola e formou grandes dançarinos, que seguiram sua técnica e estilo próprios. Ambas são consideradas símbolos de liberdade, de coragem e mudaram a história da dança.

 

Isadora Duncan

Nasceu em São Francisco (EUA), em 1877. Iniciou as aulas de balé aos 4 anos e desde menina já questionava suas regras e o papel da mulher na coreografia, sempre amparada pelos dançarinos. Sua curta carreira se desenvolveu na Europa e foi marcada pela ruptura das convenções, tanto nos movimentos, que passaram a ser mais livres, como no figurino, ao adotar roupas mais soltas, como túnicas de tecido leve, o que era inovador em relação ao balé clássico. Faleceu em Nice (França), em 1927.

Martha Graham

Nasceu em 1894, na Pensilvânia (EUA), e faleceu em 1991, em Nova Iorque (EUA). Estudou inicialmente na escola de dança de Ruth St. Denis e Ted Shawn e fez dança solo para o Greenwich Village Follies, espécie de teatro localizado no bairro de mesmo nome, onde se concentravam artistas de todo o mundo. Graham inovou o estilo de dança predominante na época ao analisar movimentos elementares, como a contração e o relaxamento do corpo, e experimentá-los em coreografias, retomando a consciência de que o corpo também se expressa, assim como as palavras. Ela também ultrapassou barreiras da dança ao colaborar com artistas de outras linguagens, entre eles o escultor Isamu Noguchi, o estilista Calvin Klein e o compositor Aaron Copland.

Dança Contemporânea

Na dança contemporânea, que teve início nos anos 1960, a interpretação e a criação do dançarino são mais evidenciados. Há maior liberdade de expressão e, por vezes, referências modernas, clássicas e populares, de acordo com a preferência do artista. A dança contemporânea é provocadora no uso do espaço para suas apresentações, que podem acontecer em diferentes locais: praças públicas, prédios, museus, galerias de arte etc.

Merce Cunningham (1919-2009), um dos precursores da dança contemporânea, que trabalhou com Martha Graham, separou os movimentos da dança que narrava histórias e introduziu algo inusitado em suas criações, o método do acaso (Event), no qual algumas sequências são definidas deixando para o dançarino a criação dos movimentos.

Pina Bausch (1940-2009), representante da dança contemporânea, apresenta em suas obras um diálogo entre música, dança e palavra com intensa expressividade. Nessa dança-teatro, os dançarinos movimentam-se como se estivessem caminhando nas ruas e conversam, gritam, correm, atuam, dançam.




Após a leitura dos textos responda

 1 Imagine-se assistindo a uma apresentação de dança. Ela conta a história de uma jovem e de um amor impossível. Em seus sonhos, fadas e duendes a ajudam a conquistar seu príncipe. No palco, o foco está em um personagem principal. Você classificaria essa dança como moderna, contemporânea ou balé? Por quê?

2 Escreva algumas características da dança moderna e o nome de suas maiores representantes.

 

3 Qual a grande mudança no papel do dançarino na dança contemporânea?

 

4 Quando a dança apareceu na história da humanidade?

 

5 Por que as pessoas dançam? (escreva as razões pela quais elas dançam e dançavam)

 

6 Na dança, o corpo do bailarino é que expressa os sentimentos, as ideias. Quais outros elementos contribuem para a construção de sentidos em uma dança?

 

7. Explique o que é coreografo?

 

8.Em quais locais a dança contemporânea pode acontecer? Cite nomes de alguns representantes dessa dança?

 

9. como aconteceu o protesto da dançarina Isadora Duncan?

 

10.Explique a etimologia da palavra Balé? (Dica  a etimologia e a origem da palavra)





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